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Após o declínio das terras do Rio de Janeiro,em 1876, quando a produção do café diminuiu, a família Pereira Barreto, que possuía grande experiência na cultura do café, decidiu sair em caravana pelo sertão paulista.
Luiz Pereira Barreto, o Cel. José Pereira Barreto e suas caravanas chegaram até Casa Branca, cidade onde já havia a maravilhosa terra roxa. Foi lá que eles souberam que a região de Ribeirão Preto tinha muitos cafezais de grande potencial de produção, até alguém os indicou a Fazenda Cravinhos.
Ao chegarem à fazenda, notaram que era exatamente o que procuravam: 800 alqueires de terra roxa com grande aspecto fértil das plantações. A área foi indicada por José Hypólito e era de propriedade do Sr. Antônio Caetano. Foi comprada pela família Pereira Barreto por trinta e seis contos de réis. Depois de um tempo, não contendo com os 800 alqueires, a família resolveu comprar mais 80 alqueires do Sr. Domingos Borges, por seiscentos contos de réis.
A fazenda, que então era da família vinda de Rezende, Rio de Janeiro, já havia sido de vários outros proprietários, pois existia desde 1856. Porém, somente os Pereira Barreto que deu os primeiros sinais de civilização.
Para que isso acontecesse, o Dr. Luiz Pereira Barreto solicitou ao jornal A Província (hoje, O Estado de São Paulo) que publicassem um artigo sobre as terras da região, para que, com isso surgisse interesse pelas terras. E foi exatamente isso que aconteceu. Após algum tempo, muitos colonos e fazendeiros já se instalavam na região.
E eles não pararam por ai. O Dr. Luiz Pereira Barreto conversou com a direção da companhia ferroviária de Ribeirão Preto para expandir os trilhos da Estação Ferroviária Mogiana até Cravinhos. Em 1881 esta expansão foi concluída pelo engenheiro Dr. Santos Lopes.
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